quinta-feira, 30 de maio de 2013

Catequese do Papa Francisco

CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO - 29 DE MAIO DE 2013

“A Igreja é uma família em que se ama e é amado”, disse o Santo Padre
André Alves
Da redação
Papa reflete a Igreja como família e inicia novo ciclo de catequeses_1
“Mas é a Igreja que nos leva a Cristo, que nos leva a Deus, a Igreja é a grande família dos filhos de Deus”, ressaltou o Papa Francisco. (FOTO: L’Osservatore Romano)
Na catequese desta quarta-feira, 29, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de ensinamentos. O Pontífice fará, a partir de então, reflexões sobre o mistério da Igreja, explorando algumas expressões contidas nos textos do Concílio Vaticano II, partindo da primeira que trata da Igreja como família de Deus.
Durante a audiência geral, Francisco voltou a citar o Papa emérito Bento XVI, recordando sua afirmação de que a Igreja é obra de Deus, nascida de Seu plano de amor e que se concretiza progressivamente na história. “A Igreja nasce do desejo de Deus de chamar todo homem à comunhão com Ele, à Sua amizade e a participar como filhos de sua vida divina”, acrescentou o Pontífice.
O Santo Padre também criticou aqueles que dizem crer no Cristo, mas não crêem na Igreja, assim como, aqueles que afirmam: “eu acredito em Deus, mas não nos sacerdotes”. Segundo o Papa, é a Igreja que leva Cristo aos homens e também os leva a Deus, assim, afirmou Francisco, “a Igreja é a grande família dos filhos de Deus”.
No entanto, o Papa também reconheceu os aspectos humanos da Instituição, evidentes naqueles que a compõem – pastores e fiéis. “Há defeitos, imperfeições, pecados e o Papa também os tem e são muitos, mas o belo é que, quando nos damos conta de que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que sempre perdoa. Não se esqueça: Deus sempre perdoa e nos recebe em seu amor de perdão e misericórdia”.
Enfatizando o tema central da audiência, o Papa destacou que a Igreja é uma família na qual se ama e se é amado. “Na família de Deus, na Igreja, a seiva vital é o amor de Deus que se constitui em amá-Lo e amar os outros, todos, sem distinção e medida.”
Diante disso, Francisco questionou os católicos a cerca do amor que se tem pela Igreja e como os mesmos estão cuidando desta Instituição que, segundo Francisco, é uma obra de inspiração de divina, gerada no coração de Deus.
“Nos perguntemos hoje: quanto amo a Igreja? Rezo por ela? Eu me sinto parte da família da Igreja? O que faço para que seja uma comunidade onde todos se sintam acolhidos e compreendidos, sintam a misericórdia e o amor de Deus que renova a vida?”, interrogou.
O Papa encerrou a catequese pedindo a Deus que, especialmente neste Ano da Fé, as comunidades católicas e toda a Igreja sejam cada vez mais verdadeiras famílias que vivam e levem o calor de Deus ao mundo.

sábado, 25 de maio de 2013

Papa Francisco





Família no desíguinio de Deus 
Dom João Carlos Petrini - Bispo de Camaçari (BA)
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com
Quero acolher a todos e todas que estão unidos a nós neste III Simpósio da Família. Muitos estão reunidos num grande telão fazendo um dia de reflexão sobre a família, em tantas paróquias espalhadas neste Brasil, participando conosco pela Tv Canção Nova.

Dom Raimundo Damasceno Arcebispo Cardeal de Aparecida faz abertura do simpósio:
Caro Dom João Carlos Petrini - Bispo de Camaçari (BA) presidente da comissão episcopal pastoral para a vida e a família, caros sacerdotes diáconos, religiosos e religiosas, estimadas famílias aqui presentes, amados irmãos e irmãs: é para mim uma grande alegria me dirijo minhas palavras na abertura deste III Simpósio para a família neste fim de semana.
 
A família é um bem insubstituível, fonte básica do capital humano e espiritual.

Primeira e mais básica de todas as instituições é a família. Neste ano o simpósio procura estar em sintonia com o ano da fé, proclamado pelo papa emérito Bento XVI de 11 de outubro a 4 de novembro 2013, e também em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho de 23 a 28, no Rio de Janeiro.
A consciência cristã de que a transmissão da fé é parte indegrante da consciência dos pais se expressa claramente na palavra: “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” I cor 9, 16 Essa mesma experiencia se expressa também em uma outra citação: Discípulos Missionários. Essa expressão indica que a missionariedade é parte integrante da experiencia do discipulado. Só é missionário quem é discípulo. E só pode ser discípulo aquele que é missionário. A carta apostólica do papa Bento BVI Porta Fidei- A porta da Fé diz: É o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Na descoberta diária esse amor ganha força e vigor no compromisso de evangelizar. Com efeito a fé cresce e se fortalece como base da vida da pessoa.

De acordo com a vocação e carisma ou ministério que cada um recebe na comunhão eclesial vamos vivendo a vontade de Deus. A missão dos pais inclui os compromisso de educar na fé da Igreja os filhos que Deus lhes confia.

O ritual do matrimônio prevê que quem asiste o matrimônio antes do consentimento matrimonial: “ Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus lhes confiar e a educá-los na lei de Cristo e da Igreja?”


Está associada a transmissão da vida à transmissão da fé! Qual seria os sentido de transmissão da vida de não se transmitisse também o sentido dela?

Que beleza haveria na pura e simples transmissão da vida? A beleza da família está ligada a transmissão da vida e do amor. E a beleza da família cristã constitui que essa beleza esta intimamente liga a transmissão da fé.

A experiencia da vida no lar Cristão se enriquece imensamente, quando os pais transmitem aos filhos a educação na fé católica levando-os desde crianças à comunidade eclesial. Inseri-los em todas as atividades da vida eclesial, catequese, celebração eucarística assumem e vivem esse compromisso da transmissão da fé em Cristo.
"A cultura contemporânea ignora muitos valores familiares, proclam bispo."
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com
Onde a família se desarruma muito a paz fica prejudicada. “O futuro da humanidade passa através da família.” Joao Paulo II. Tem uma propaganda muito forte contra a família. Em uma pequisa 98% responderam dos entrevistados, responderam que a família é a coisa mais importante de suas vidas. Bento XVI disse: A família é a base mais importante da sociedade.

Precisamos de um novo começo. Apresentar as nova gerações o valor do matrimônio, do sacramento, da família constituída. A cultura contemporânea ignora muitos valores familiares.

Queremos retornar a fonte, à sagrada escritura, retornar ao desígnio de Deus para a família. Pelo sacramento do matrimônio o casal vive imerso no amor profundo de Crito. O casal cristão pelo sacramento do matrimonio, participa deste dom esponsal de cristo. Assim o amor do casal é assim reflexo do amor de Cristo pela Igreja.

Imagina um homem que trabalhe 10 horas por dia, mais uma hora de ônibus e ainda tem uns degraus para subir na sua casa. E enquanto esta achando o buraco para para chave, da porta de casa, pensa:“Senhor agora estou encontrando contigo! Voltando pra casa eu reassumo o desígnio de Deus na minha vida. Quando encontro com essa mulher, renovo o que assumi no dia do nosso casamento. "Isso é desígnio misterioso de Deus.

A família é uma boa notícia para toda a sociedade."A família é o lugar onde se vive a qualidade do amor." Somos chamados a levar mais a serio a família cristã, para que seja uma explosão de vida, de alegria, de beleza e de santidade. O caminho da novidade passa pela família, que retoma o desígnio de Deus.
Que a presença da Sagrada Família de Nazaré nos acompanhe ao longo desde dia de Simpósio intercedendo por nós.


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Dom João Carlos Petrini 
Bispo de Camaçari (BA)

José e Silvana - Apucarana-PR 
A transmissão da fe cristã na família, um dever dos pais.
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com
Com alegria que estamos aqui para falar sobre a nossa experiência como casados há 18 anos e pais de 2 filhas. Quero parabenizar a equipe que escolheu este tema: “A transmissão da fe cristã na família, um dever dos pais.”

Assumimos esse compromisso no dia do nosso casamento. Quando o padre nos pergunta se assumimos acolher e educar na fe nosso filhos. De maneira particular cada pai tem uma maneira própria de fazer.

A transmissão da fé requer tempo e não conseguiremos se não estivermos dispostos a renunciar alguma tarefa, para estar com os nossos filhos. Muitas vezes precisamos renunciar a convivência com os amigos, a fim de que possamos nos dedicar a eles.

É muito importante o nosso testemunho como pais. Não basta somente incentivá-los a participar de uma comunidade paroquial, se também os pais não estiverem juntos. Nós como pais, precisamos ser os primeiros a darem esse passo.

Muitas vezes podemos terceirizar nossa família. E isso acontece quando deixamos os nossos filhos numa creche, na escola, na catequese ou com outras pessoas. É necessário que os pais também os acompanhe, pois não é da obrigação dessas instituições a formação dos nosso filhos.

A fé precisa ser transmitida diariamente. Deus age em nossa vida a cada dia, por isso, não podemos perder a oportunidade de ensinar aos nossos filhos, a importância de conservar a família.

Algumas vezes podemos imaginar que alguém que esteja pregando, não tem problemas. Entretanto em 2006 tivemos um filho, o qual após nascer, sofreu uma infecção hospitalar e após 18 dias faleceu. Mas o padre nos disse que: “Ninguém passa por nós sem cumprir sua missão.”Mas ao sepultar nosso filho, meu pai também teve no cemitério um infarto e também faleceu no mesmo dia.

Voltando para casa eu refletia sobre tudo aquilo que o padre dizia, e hoje me pergunto sera que a missão do meu filho recém-nascido não veio para salvar meu pai o qual era um alcoólatra. E por isso o vicio dele foi motivo de muitas brigas.

Hoje eu não me canso de agradecer a Deus por tudo aquilo que tenho recebido. Em breve serei ordenado diácono permanente.

Certa vez alguém chegou pra nos e falou que se não mudarmos de religião continuaríamos a viver muitos outros sofrimentos. Mas não serão as dificuldades que nos fará desistir da nossa fé. Muitas vezes até brigamos com Deus, por causa dos nossos problemas. Mas isso não adianta de nada porque os problemas continuar ali, com a gente brigado ou não com Deus.

Lembremos que não cabe ao catequista, ao padre, ao professor a transmissão da nossa fé. E essa transmissão depende diretamente do nosso testemunho. Hoje, precismos viver aquilo que esta no livro de Josué: “ Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.

Testemunho José e SilvanaApucarana - Paraná

Família e Sociedade 
Marcelo Couto - Salvador-BA
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com
É com alegria que estamos neste simpósio e esta é uma ocasião muito especial, em razão do momento que estamos vivendo. Talvez há algum tempo atrás, poderia até não ser necessário, tal encontro, mas hoje se faz urgente meditarmos o significado da família e seu designo.

Como a sociologia vê a família no papel da sociedade. É o primeiro ponto a se considerar é sobre o casamento.

Nascemos numa família formada por um homem e uma mulher, que assumem um ambiente de cooperação. Quando falamos de família, não falamos de algo que tem aspecto cristão, falamos de algo presente em todas as culturas e nações. Mas diante daquilo que vivemos, emprega-se a termologia “família” para todas as demais uniões. Podemos então redefinir aquilo que entendemos como família?

Na família não se transmite apenas a vida mas o significado para a vida, o conjunto de critérios e valores que são fundamentais para orientar a existência das pessoas.

É na família que se aprende a conviver com as diferenças , aprendemos a enfrentar os primeiros desafios e essa convivência também é marcada pelos conflitos. Mas em cada desafio, temos a oportunidade de aprender um modelo adequado de viver cada realidade.

Toda vez que fragilizamos a família, fragiliza-se a sociedade, afirma pregador.
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com

A família é eficaz para apresentar todos os cuidados para o mais necessitado isso se dá ao bebe como também ao idoso. É na família que aquele que se encontra numa dificuldade maior é amparado, não por aquilo que ele faz, mas por aquilo que ele significa.

Na família aprendemos valores que não são transmitidos por regras, mas pela convivência . Esses valores são fundamentais para a vida da pessoa e para a própria sociedade. O espaço entre o indivíduo e a sociedade se da na família.

As diversas atividades que se dá nesse espaço de solidariedade familiar, serve de lição dentro e fora de casa. Podemos nascer, morrer, ser cuidado, em qualquer lugar, mas melhor é viver essas experiencias numa família. Podemos envelhecer em outro lugar mas é mais agradável viver essa experiência no seio de uma família.

Certa vez encontrei um senhor com mais de 63 anos que achava ter vivido o suficiente. Ao ouvir aquilo eu retruquei, pois meu avo que tinha mais de 80 anos dizia querer viver mais 30 anos. Então ele me disse: “para seu avo que tem uma família e netos, tudo fica mais fácil, mas é mais pesado quando se vive por si.

Se tudo aquilo que a família faz para seus membros fosse terceirizando como seria?

Para que a família responda essas necessidades de formação, ela precisa de estabilidade. Na família estável os cônjuges, assumem a responsabilidade recíproca pelos filhos. Essa estabilidade é um dom para os filhos que favorece a integração dos seus membros.

A estabilidade e a força existente no matrimônio que é a equidade é maior. Isso se dá na atenção para aquele que esta são cuida daquele que está doente. Nessa equidade familiar há maior cooperação. Alguém que esta passando uma dificuldade em casa, certamente a disposição dessa pessoa em outros ambiente sera refletido.

Isso acontece com alunos, que não conseguem se aplicar nas tarefas escolares, nas provas etc. Se formos verificar o que acontece na casa desse aluno e certamente encontraremos uma desarmonia.

Na família a pessoa é valorizada por tudo aquilo que ela é e não porque ela desempenha. No nosso trabalho somos valorizados por aquilo que desempenhamos, mas se por algum motivo deixarmos de fazer aquilo para o qual fui contratado, serei desempregado.

Na família se acolhe a pessoa por aquilo que é ao invés de ser acolhido pelo que se faz.

Assim podemos sintetizar que a família é um grupo de pessoas, que se vive em num ambiente de cooperação. A sociedade moderna vai delineando uma nova maneira de pensar o homem e mulher, e vai radicalmente contra aquilo que predominou por muito tempo na nossa sociedade.

Há uma nova concepção que procuram difundir uma mentalidade, de que, tudo aquilo que for um obstáculo, precisa ser eliminado.

Algumas dessas mudanças desafiam a família atual e nisso esta a idéia da liberdade, em que se pensa na realização individual; ou seja, qualquer vinculo que estabeleço que poderia ser uma amarra, um obstáculo, podemos romper em nome dessa liberdade. Perceba a ideia que fazem sobre o casamento, uma coisa que prende, que rouba a liberdade. Uma ideia de liberdade que se contrapõe a experiencia de partilhar a vida.

A ideia que procuram formar sobre os vínculos familiares se apoia nos afetos. Então, se houve o desgaste desse sentimento, não há necessidade para continuar no compromisso. Mas o afeto é frágil e não podemos assentar a família sobre o afeto. Para o bem de todos, a família precisa ser construída sobre a rocha e isso parece ser desconsiderado.

O que faz perdurar a família são as relações permanentes. Assim, uma vez pai, serei pai para sempre e isso parece ser cada vez mais desvalorizado.

A família vai se tornando cada vez mais volátil e com isso as relações sociais. Toda vez que fragilizamos a família, fragiliza-se a sociedade.

A família precisa ser cada vez mais uma decisão e isso precisa ser cheio de razoes na clareza do bem que se encontra na família. Precisamos comunicar o sentido e o valor da família para as novas gerações.

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Marcelo Couto Dias 
 PIJPII, Salvador-BA

Comunidades de Familia 
Gilberto Bonfim - PIJPII Salvador/BA
Foto: Maria Andreia/Cancaonova.com
O que temos para apresentar aqui , não é de uma família perfeita, mas uma família que está em constante luta.

Devemos pedir ao Senhor para que ele restaure a nossa família.

No cristianismo a Família é elevada a condição de Sacramento, ou seja Deus quer participar, ajudar a sustentar essa união a cumprir a vontade de Deus. A força que nós temos nasce da presença de Cristo em nossas vidas.

O que nos interessa é a paz e o amor que nasce de Cristo. Hoje muita das vezes o mundo tenta arrancar essa paz que o Senhor nos dá , tentando induzir-nos com uma mentalidade abortiva.

Hoje em dia os conteúdos que entram em nossas casas para denegrir nossas famílias, tem uma finalidade que é destruir nossos valores e semear valores que vão contra a nossa Moral Cristã.
Nós temos a quem recorrer, sozinha a família não pode vencer. Uma família só está fadada a se destruir. Portanto precisamos colocar nossa família em Cristo.

O Papa Emérito Bento VI, nos dizia que as famílias devem ser apoiadas em seu caminho. Portanto não podemos caminhar sem a direção da Igreja.

Uma comunidade de família nasce de uma partilha de vida com as outras famílias.

Os dois grandes objetivos seria : O ambiente fraterno renova o sentido de família; e o Segundo seria que as famílias vivam uma dimensão missionária, para que possam levar esses valores a outras famílias.

Devemos promover em nossas comunidades nossos momentos de fraternidade, de partilha, ou seja uma comunidade eclesial. É Importante também dizer, que o papel da comunidade familiar não é resolver nossos problemas, mas nos dar um suporte para enfrentarmos com mais clareza nossos problemas. Que possamos assim então, fazer a experiência do amor mútuo entre nós, para que os  outros nos observando queiram viver também essa linda experiência no Senhor .
Portanto a Família deve começar olhando-se para dentro, para partir disso ir para fora.

Temos que ajudar os outros. Certa vez um amigo que passava por problemas sérios , nosso grupo resolveu ajuda-lo e hoje ele superou suas dificuldades soma conosco em sua comunidade familiar. Como família precisamos viver em nossa comunidade valores de fraternidade.
"Como Familia precisamos viver em nossa Comunidade valores de Fraternidade"
Foto: Maria Andreia/Cancaonova.com
Nossa família tem a Missão de gestar o Cristo em nós para que possamos continuar levando para outras comunidades o seu amor transformador.

Transcrição e adaptação : Carlos Biajoni @cncarlos

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Gilberto Bonfim 
PIJPII,Salvador/BA

Família convívio e fraternidade 
Este simpósio é uma oportunidade de por em comum aquilo que estamos vivendo.

O que temos a apresentar aqui, não é a experiência de uma família perfeita que não passa por problemas, ou uma família que não precisa de ajuda. Ao contrário, poderíamos passar um tempo maior contando sobre os nossos problemas.

A diferença de estarmos presentes neste simpósio está em resposta a um pedido: Que o Senhor venha em socorro de nossas famílias, e que possamos dar testemunho da sua presença em nossas casas.

No cristianismo, a família não é somente celebrada na união entre um homen e uma mulher, mas sim na celebração de um sacramento.

A união faz a força e precisamos entender que a força que temos esta na presença de Cristo na nossa vida. Dessa maneira a vida da família gira em torno de Cristo.

Alguns pontos que foram colocados hoje pela manha se coloca como riscos a nossa casa:
  • Na nossa sociedade, a presença de Cristo continua sendo um incômodo, de que algumas vezes se procuram eliminar essa presença
  • A dificuldade em aceitar a geração dos filhos
  • A prática do aborto e eutanásica como a solução de um problema ou estorvo. Essas praticas não são feitas com alguém de fora mas com um membro da família. Trabalha como a morte como solução de um problemas
  • A equiparação de toda união ao “status” de família.
Diante dessas situações, que caminho devemos trilhar. A tentação muitas vezes nos leva ao fechamento, ao isolamento na tentativa de atingir a nossa casa. Mas isso entra em casa através das mídias e ate mesmo por meio da escola. Assim se fechar não parece ser a alternativa mais aceitável ou eficaz.

Nos temos a quem recorrer e aquilo que parece ser uma ameaça, de fato, sozinha a nossa família não conseguira se manter. O nosso socorro esta na vida em comunidade. É necessário que as famílias sejam apoiadas no seu caminho. E diante disso colocamos como possibilidade de ajuda para as famílias a constituição de uma comunidade. Compartilhar a vida com outras famílias é um bem e nos faz crescer.

Os 2 objetivos dessa comunidades em famílias são:

Que o ambiente fraterno renove constantemente na ajuda mutua, e que as famílias vivam a dimensão missionária.

Sem critérios impostos, esses grupos se encontrariam de acordo com a disponibilidade de cada um, fazendo desses encontros um momento de partilha das experiencias vividas, seus problemas e alegrias, sempre norteadas ao evangelho ou outro documento disponível pela pastoral familiar.

Corremos o risco de se pensar que uma comunidade de família, vai resolver os nossos problemas. Mesmo que não resolva, viver juntos e enfrentar os desafios já nos ajuda a enfrentar as dificuldades.

Precisamos entender que este grupo não é um trabalho de autoajuda, mas ser sinal de Deus no mundo.

O nosso testemunho de dimensão missionaria, acontece a partir da preparação da própria casa. Acontece de dentro para fora de casa e não o contrário.

Muitas vezes quando cometemos erros, sozinhos é muito mais difícil ate buscar uma solução, mas junto com uma comunidade, o problema se tornara mais leve.

Que possamos construir essas comunidades de família, a fim de que pouco a pouco, com a nossa experiência possamos mudar o mundo.

Gilberto e Arlete são casados há 20 anos.

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Testemunho de Família 

3° Simpósio da Pastoral Familiar


Transmissão da fé na família 
Ariane Vieira - Salvador-BA
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com
Sinto-me feliz por esta novamente na Canção Nova. O tema dessa palestra é a transmissão da fé na família . E esse tema esteve sempre presente na minha família de origem e também para minha casa.

Gostaria de dar algumas orientações sobre a educação dos filhos, pois nos parece que as pessoas tem alguma dificuldade em passar a educação e procuram os especialistas como se não tivessem recebido uma referencia por parte dos seus pais.

Isso não quer dizer que essa nova geração de adultos, devam copiar tudo aquilo que foi vivido por seus pais, pois sabemos que nem tudo foi acertado, mas ali houveram referências.

A família é o primeiro lugar onde somos introduzidos na realidade total. No âmbito do trabalho, estudo, valores, é o lugar onde somos orientados para a vida. Essa missão é dos pais e não pode ser delegada a outrem, parece não ser observada.

Os pais tem o dever de cuidar da prole, segundo as suas forcas. Oferecendo o conforto mas também o formação espiritual.

Todo mundo transmite aquilo que mais valoriza na vida. Um esportista, vai transmitir ao filho aquilo que ele dá valor. Da mesma forma os pais que valorizam as artes musicais, procuram mostrar as riquezas daquilo que para ele é um valor.

"Os pais cristãos devem viver de forma atraente a sua fé , diz Ariane."
Foto: Maria Andrea/CancaoNova.com

Da mesma maneira os pais cristãos, precisam apresentar razões que amparam a sua fé. Eles criam nos filhos o gosto pela vida de oração. Mas muitos que se dizem cristãos, deixam para que os filhos depois de adultos, escolham o que melhor se adeque o seu interesse.

Os pais cristãos devem viver de forma atraente a sua fé de modo que, despertem nos filhos a curiosidade buscando a mesma satisfação que ele vê, refletida nos pais.

O pai cristão apresentar aos filhos a experiência no Deus providente, zeloso, bondoso, aproveitando as oportunidades do cotidiano.

O testemunho é essencial porque é a partir da observação que as crianças aprendem. É importante que os pais transmitam aos filhos que a realidade em que eles vivem é positiva.

As relações vividas na família são decisivas na formação da criança. Ela aprende em casa, o modo de se relacionar.

A nova geração necessita receber regras para a vida e mais importante é o testemunho. Os pais precisam dizer para os filhos falar por exemplo que casar-se vale a pena. Os filhos precisam ouvir aquilo que é alegria para os pais.

A fé é um dom que não vem por si, mas ela é formada por transmissão. A fé dos filhos dependem diretamente da experiencia dos pais para com Deus.

Os pais precisam viver a transmissão da fé, em primeiro lugar anunciar Jesus, viver as práticas das orações, pois os filhos aprendem a rezar vendo seus pais rezando.

O outro ponto de transmissão da fé é o testemunho de viver como irmão. Isso se dá através da nossa preocupação com aquele que sofre.

Entretanto se os pais não estão convictos sobre a sua espiritualidade, dificilmente conseguirão transmitir aquilo que é sugerido pela Igreja.

Um homem sem fé é alguém sem brilho no olhar..

Muitos pensam que apenas matricular os filhos numa escola católica é suficiente. Imaginemos o impacto na vida de uma criança, sendo levado pelo pai para a Igreja e ali apresentar o Deus que vive entre nós. Isso é muito mais forte do que uma professora poderia fazer ensinando numa sala de aula.

Quando transmitimos a fé aos filhos, transmitimos aquilo que é essencial e que concede ao filho um sentido para a sua vida dentro da liberdade.

Os pais precisam pensar sobre a herança que querem deixar para os seus filhos. A maior herança que podemos deixar para um filho, é a fé em Cristo.

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Ariane Vieira Leite Dias 
Salvador-BA